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Observe que, sempre
que fazemos algo diferente do nosso usual ou da nossa rotina, antes foi preciso
querer.
E para nos despertar
o querer uma coisa, qualquer que seja, certamente uma ou algumas coisinhas nos
incomodaram antes, por menos que tenha sido. A depender de cada pessoa, algo
que nos desagrade ou apenas incomode pode nos fazer querer mudar. Também algo
que esteja “certinho” demais, como a monotonia de uma determinada rotina, pode
despertar a vontade de ser ou fazer diferente. Porque normalmente se algo não
nos causar um incômodo, não nos moverá a querer! Em alguns casos, essa vontade
pode surgir de uma maneira inesperada e trágica, como as doenças, os acidentes
e perdas em geral. Em outros casos poder vir aos poucos, num crescendo de
vários pequenos desagrados ou incômodos, até atingirem o ponto máximo de
tolerância de cada um. Quem não conhece alguém que suportou determinada
situação enquanto outros já não a teriam tolerado até que, aparentemente “de
repente”, decidiu mudar e simplesmente mudou?
E ainda que
estejamos em situação de aparente conforto ou satisfação, também podemos
querer: seja mais daquilo mesmo que já temos ou querer do que ainda não temos.
E isso também é uma incomodidade. Então
não é preciso estar necessariamente numa situação “ruim” para se pegar querendo
coisas.
O que faz a
diferença entre as pessoas é exatamente a forma de lidar com essa incomodidade.
Algumas se decidem por negar, sublimar, abafar, distrair-se e, em suma, por
simplesmente ignorar essa sensação, seguindo pela vida como se nada houvesse.
Elas seguirão sendo as mesmas pessoas de sempre! Outras optam por prestar-lhe
atenção e, até mesmo, por tentar entender do que se trata, saber identificar o
que as incomoda. E começam a estar atentos e a pensar sobre essas sensações.
Essas pessoas poderão
se dar conta do motivo do seu incômodo, identificar quais sejam as questões que
demandam sua atenção e, normalmente, depois desse dar-se conta, serão impelidas
a fazer algo a respeito. Por isso, antes de fazer, é preciso querer!
Você já se pegou
pensando sobre coisas que quer ou que não quer mais? Se quiser se aprofundar
nessas percepções, o processo de Coaching pode ser uma boa ferramenta de apoio!